Ingerimos muito mais que comida no nosso dia
a dia. O que pensamos, ouvimos, vemos e inclusive o que falamos afeta todos os aspectos do nosso ser.
A começar pela comida, hoje comemos produtos. Você já ouviu falar no quinto gosto
básico? Além do doce, salgado, amargo e azedo, o gosto Umami foi reconhecido e significa saboroso ou gostoso.
De fato o Umami foi descoberto longo tempo atrás pelo cientista Ikeda em Tóquio (1908) em alimentos naturais que continham glutamato, a partir da alga marinha kombu. Mais tarde Akira Kuninaka descobriu que o glutamato combinado com os ingredientes que possuem ribonucleotídeos, a intensidade de gosto resultante é maior do que a soma dos dois ingredientes separados. Esta sinergia explica harmonizações clássicas: japoneses fazem dashi com kombu e flocos de bonito seco, os chineses acrescentam alho-poró chinês e repolho na sopa de galinha, semelhante a sopa escocesa Cock a leekie, os italianos adicionam queijo parmesão no molho de tomate com cogumelos.
A indústria de alimentos
introduziu assim um produto com sabor similar o MSG, ou glutamaco
monossódico. Os irmãos Suzuki
iniciaram a produção comercial de MSG em 1909 como AJI-NO-MOTO®, que significa
"a essência do sabor" em japonês.
O MSG é uma grande
ferramenta da indústria para nos atrair com produtos deliciosos e viciantes. Usam-no como um realçador de sabor porque arredonda a
percepção total de outros gostos.
O problema é que 200 anos
mais tarde o mesmo MSG utilizado pela indústria é o causador de diversas
doenças da atualidade embora continue presente nos alimentos que compramos toda
a semana no super. Faça um busca no Google do MSG e o teste em ratos para conhecer
um pouco sobre o assunto.
Embora saibamos de parte desses fatores, continuamos muitas vezes sem pensar neles e passamos para uma realidade dura. Na atualidade não se trata mais somente do
que você está comendo, mas do que está comendo você.
Acordamos com pressa,
ficamos no trânsito, respondemos e-mail e telefonemas no caminho, chegamos em
cima da hora dos compromissos e finalizamos o dia com a sensação de não ter
feito o suficiente, quando não levamos trabalho pra casa.
Esse novo estilo de vida nos exige ficar sentados durante todo o dia em escritórios fechados, comendo muitas vezes junk food e sem fazer exercícios.
Queremos mais tempo, comer
melhor, mais saúde, tomar a iniciativa e começar os exercícios físicos. Queremos ganhar mais, ter mais sucesso nos projetos, ter ascensão na carreira. Queremos aquela roupa,
aquela bolsa, aquele relógio, aqueles acessórios, aquele sapato, aquele telefone. Queremos "o
carro", a casa dos sonhos, trocar a TV por uma de led, ter TV a cabo, tirar as férias estilosas.
No final como não podemos ter
ou resolver tudo que queremos, comemos.
Final de semana aquele
churrasco, ou aquela feijoada, ou sair para jantar, ou aquela festa onde
bebemos por horas seguidas... É nossa compensação para
tudo que a vida moderna nos exige. Comer e comer!
A comida nunca compensará
nossas frustrações, ansiedades, preocupações e tristezas. Por que nunca haverá
comida suficiente para suprir nosso ego sempre ávido por mais.
E deixamos de ver que muitas calorias, a insuficiência de nutrientes na comida e o acúmulo dessas calorias nos leva a perder a saúde. Muitas doenças são invisíveis ou são evolutivas, só vamos descobri-las mais adiante.
O problema está em nós e não lá fora. Temos que identificar e reduzir os pensamentos negativos, as falas ofensivas
e nos relacionar com emoções que nos façam bem. Acima de tudo, temos que
tratar a alimentação como deve ser tratada, com a fonte da saúde do corpo que é
nosso veículo para a vida e não como compensação das nossas emoções.
Devemos alimentar-nos porque
nos faz sentir calmos, bem-dispostos e com energia.
Devemos sentir fome de nos
contentar mais, nos desapegar um pouco e olhar mais pra dentro, onde está tudo que
realmente precisamos.
Esse movimento trará mais AMOR, que é a maior fome do
mundo atual.
Boa semana com mais amor e menos fome!
Alimento e Você