Hoje em dia estamos rodeados pelo tema
Gastronomia. Seja por novos restaurantes, a tendência do orgânico e natural, o acesso à especialidades que há pouco tempo não
conhecíamos, pelo surgimento de chefs famosos ou pela tendência de nos tornar um deles.
Existem programas de TV, cursos de diversos formatos - muitos com duração de um dia onde você aprende e degusta o prato ao final - e até realities shows, tornando possível conhecer, aprender e se envolver com essa arte. Embora acessível, no fundo, who has the time? É sempre mais fácil comprar um prato pronto, pedir em casa ou sair para comer. Quando é que encontramos tempo para comprar os vegetais frescos e para preparar uma refeição?
Particularmente após passar uma temporada em Londres e Barcelona
onde dividi casa com chefs, trabalhei
em restaurantes e tive contato com culinárias diversas, passei a ter muito a dizer sobre o tema.
Meu guru é o britânico Jamie Oliver que sem dúvida mudou a forma como nos relacionamos com a cozinha e o ato
de cozinhar. Conhecido como "o chef sem mistérios" e atualmente “ministry of
food”, simplifica formas de preparo e combinações de receitas para estimular o
ato de cozinhar e o consumo de alimentos naturais e orgânicos. Desde meu casamento meu
presente de aniversário é uma aventura dele contada por meio de um livro, que também se converte em
série de TV e, que no Brasil, podemos assistir pelo canal GNT.
E então por que não cozinhar? Afinal em algum momento temos que encarar o fogão, seja
para comer mais saudável, seja para economizar no orçamento familiar. Muitos dizem que gostam de gastronomia ao
invés de admitir que cozinham, assim fica mais sofisticado e se caracteriza
como um hobby.
No fundo o ato é Cozinhar, que se configura como um gesto divino segundo diversas culturas. Alguns dizem que cozinhar é um ato de amar a si mesmo e aos outros. Nesses dez últimos anos eu descobri esse sentimento e, ainda que não tenha cursado escolas de gastronomia, me arrisco nas preparações mais complexas pelo simples prazer que o ato me proporciona.
No fundo o ato é Cozinhar, que se configura como um gesto divino segundo diversas culturas. Alguns dizem que cozinhar é um ato de amar a si mesmo e aos outros. Nesses dez últimos anos eu descobri esse sentimento e, ainda que não tenha cursado escolas de gastronomia, me arrisco nas preparações mais complexas pelo simples prazer que o ato me proporciona.
Em Londres tudo era muito frio. O clima, a
cultura, as pessoas. Cozinhar era necessário para sobreviver, pois o visto de
estudante não me deixava escolha. De certa forma cozinhar “me aquecia”. Lembro-me
o quanto passei a gostar do rústico e simples: um bom pão, queijo, pimenta fresca, azeite e vinho. Essa combinação
estava sempre sobre a mesa das casas que dividia com estrangeiros. Um vegetal fresco com uma massa e já estava resolvido o prato do dia. Como havia pessoas de diferentes países,
cada um passava um pouco de sua cultura para outro e assim cozinhávamos novos
pratos e nos conhecíamos.
Assar
pratos foi a melhor descoberta. Pense nisso: você coloca a carne ou peixe
com os vegetais e os temperos de sua preferência, cobre com papel alumínio e vai aproveitar seu tempo enquanto o almoço fica
pronto.
Tenha sempre a mão azeite e pimenta fresca, essa dica vale ouro. Pode ser o pior
“macarrão” que o toque final do azeite e da pimenta moída na hora transformam
o sabor. Hoje em qualquer supermercado a pimenta já vem com o moedor, não precisa
gastar com um moedor caríssimo. Compre as três pimentas: vermelha, preta e branca.
Misture os três tipos no pimenteiro e deixe à mesa para todos se servirem.
Azeite é outro item que a cada dia está mais acessível e barato, dê preferência aos extra virgem.
Falando em pimenta, muitos não gostam ou
não podem, mas a pimenta fresca em grãos não é forte, basta dosar. E para quem
gosta de preparar uma comida saborosa, colorida e fresca a pimenta dedo de moça é uma excelente opção. Se você retira suas
sementes e utiliza apenas a casca ela deixará um sabor muito suave em seu
prato. Acredite, pois eu mesma não sou fã de comidas apimentadas.
Combinação alho, azeite, limão e salsinha. A cozinha mediterrânea usa essa
base para quase tudo. Frutos do mar são bastante acessíveis nessa região e esse mix é a
melhor forma de comer camarão e lula. Primeiro o limão e sal para temperar e no
final da preparação em grelha, usa-se alho, azeite e salsinha para aromatizar.
Experimente!.
Todos esses ingredientes tem longa duração
se armazenados corretamente. Mas falando em ervas, vai aí uma dica. Tenha em casa, não dá trabalho algum: compre a muda na floricultura
ou a semente que é vendida até em supermercados. Cresce rápido e não é preciso
muito espaço. Regue todos os dias. Eu rego quando tomo meu primeiro copo d´água do
dia.
Por último vai uma dica do Jamie para
preparar seu molho de tomate. Use tomates inteiros tipo pelatti (de lata) e não o quebre o tomate até
que o molho esteja quase pronto. Pouco antes de desligar quebre-os e jogue aceto balsâmico, o sabor se
transformará. Rápido, saboroso e fresco, todos irão querer sua receita. Balsâmico
é excelente inclusive para carnes de boi e porco, além de engrandecer saladas.
Ingrediente que tem ótimo custo x benefício, especialmente pelo tempo que dura.
Itens acessíveis e que garantem o sucesso
de qualquer prato. Perca o medo e vá para cozinha, que é lugar de mulher sim da
mesma forma que cada vez mais é lugar de homem. Eu uso os livros do Jamie,
pesquiso na internet e guardo receitas que vejo em revistas. Sempre que posso
organizo eventos em casa para ter desculpa de cozinhar. Já errei receitas
várias vezes, mas nesta semana preparei minha sobremesa favorita di prima.
Check it out!
Meu primeiro cheesecake |
Em breve volto com dicas de utensílios extremamente práticos e baratos para cozinha. E fica a dica:
“Cozinhe para ter uma vida melhor”, Jamie Oliver.
Jana
fotos: livros Jamie e casa Jana